domingo, 24 de novembro de 2013

Dá-me a tua mão..


"Dá-me a tua mão:
Vou agora contar-te
como entrei no inexpressivo 
que sempre foi a minha busca cega e secreta. 
De como entrei 
naquilo que existe entre o número um e o número dois, 
de como vi a linha de mistério e fogo, 
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota, 
entre dois factos existe um facto, 
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam 
existe um intervalo de espaço, 
existe um sentir que é entre o sentir 
- nos interstícios da matéria primordial 
está a linha de mistério e fogo 
que é a respiração do mundo, 
e a respiração contínua do mundo 
é aquilo que ouvimos 
e chamamos de silêncio."

 
Clarice Lispector

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Querer agradar a todos ...não adianta.

 
"Quando você começa a fazer alguma coisa, sempre tem alguém torcendo contra. Se você consegue ultrapassar as primeiras difi­culdades, a “torcida contra” aumenta.
É preciso saber aproveitar isto. Não adianta querer agradar todo mundo.
Só os medíocres conseguem isso, e mesmo assim à custa de muito sacrifício pessoal.
Tampouco adianta ficar ressentido, ou odiar quem não o ama. Convença-se de que isto faz parte do trabalho.
Use a energia da “torcida contra” para adestrar sua vontade, para ser mais profun­do e mais sério no que está fazendo. Aproveite.
Entretanto, se este tipo de torcida afastar você de seu caminho, é porque este não era seu caminho. Se fosse, só mesmo a mão de Deus poderia ter feito alguma coisa contra".
Paulo Coelho



7º C



domingo, 10 de novembro de 2013

O mais importante não muda...



A pele cria rugas, o cabelo torna-se branco, os dias transformam-se em anos…Mas o mais importante não muda; a tua força e convicção, não tem idade.
O teu espirito limpa tudo o que é fútil.
Por trás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Por trás de cada sucesso, há outro desafio.
Enquanto estás vivo, sente-te vivo.
Se estranhas o que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotos amarelas…
Continua, mesmo que todos esperem que abandones.
Não deixes oxidar o aço que há em ti.
Age de maneira que, em vez de te lastimarem, te tenham respeito.
Quando, devido aos anos, não podes correr, anda mais devagar.
Quando já não podes caminhar, usa uma bengala.
Mas nunca pares.

Madre Teresa de Calcutá

terça-feira, 5 de novembro de 2013

7º C



O meu olhar...

 
"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos"