domingo, 31 de janeiro de 2016

Oração de Santa Teresa de Calcutá


Senhor, quando eu tiver fome,
dai-me alguém que precise de comida!

Quando tiver sede,
dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio,
dai-me alguém que precise de ser aquecido.

Quando estiver ferido,
dai-me alguém a consolar.

Quando a minha cruz se tornar pesada,
dai-me  a cruz do outro a partilhar.

Quando me achar pobre,
Conduzi-me a alguém necessitado.

Quando não tiver tempo,
dai-me alguém que possa ajudar por um instante.

Quando sofrer uma humilhação,
dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando estiver desencorajada,
dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros,
dai-me alguém que precise da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma,
voltai minha atenção para outra pessoa!
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir os nossos irmãos
que vivem e morrem pobres e com fome, no mundo de hoje.

Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia,
e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.




sábado, 30 de janeiro de 2016

"Estou em construção..."

Papa Francisco
Durante a nossa vida causamos transtornos na vida de muitas pessoas, porque somos imperfeitos.
Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos.
Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente.
Mas agredimos.
Não respeitamos o tempo do outro, a história do outro.
Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe.
E, assim, vamos causando transtornos.
Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção.
Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma.
O outro também está em construção e também causa transtornos.
E, às vezes, um tijolo cai e magoa-nos.
Outras vezes, é a cal ou o cimento que o nosso rosto.
E quando não é um, é outro.
E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem connosco também têm de fazer.
Os erros dos outros, os meus erros.
Os meus erros, os erros dos outros.
Esta é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram.
A partir desta conclusão, chegamos a uma necessidade humana e cristã: o perdão.
Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras.
É compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários.
Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que, como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante.
Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado.
E será um desperdício.
O convite que faço é que experimente a beleza do perdão.
É um banho na alma!
Deixa-nos leves!
Se eu errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses transtornos…
Estou em construção!


Papa Francisco

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Feriados Religiosos vão ser repostos

 
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal confirmou hoje que os dois feriados religiosos suprimidos em 2013 vão ser repostos já em 2016.
“Os feriados religiosos serão repostos ao mesmo tempo que os feriados civis”, disse Augusto dos Santos Silva aos jornalistas, após a abertura do Seminário Diplomático, evento anual promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
O Parlamento vai discutir esta sexta-feira várias iniciativas legislativas que têm em vista a reposição dos feriados civis (5 de outubro e 1.º de dezembro).
No caso dos feriados religiosos (Corpo de Deus e Todos os Santos), esta reposição não acontece por via parlamentar, porque “envolve uma negociação entre dois Estados soberanos, Portugal e a Santa Sé”, através dos canais diplomáticos.
“Logo que a decisão sobre a reposição dos feriados civis seja feita, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que é o organismo responsável, trocará em nome do Estado português, notas verbais com a Santa Sé que vão repor os feriados religiosos em 2016”, referiu Augusto Santos Silva.
O dia do Corpo de Deus (solenidade litúrgica do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, no calendário católico) é um feriado móvel, celebrado sempre a uma quinta-feira e 60 dias depois da Páscoa, que este ano se festeja a 26 de maio.
A solenidade de Todos os Santos é um feriado fixo, assinalado a 1 de novembro.
D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), tinha recordado em novembro de 2015 que a Igreja Católica em Portugal era “parte interessada” no debate sobre a reposição dos feriados suspensos desde 2013.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa, os feriados religiosos são expressão de valores e tradições que, para “considerável parte da população portuguesa”, se refere ao catolicismo.
A suspensão dos feriados religiosos foi resultado de um “entendimento excecional” entre a Santa Sé e o Governo português, em 2012, com uma duração máxima prevista de cinco anos.
O artigo terceiro da Concordata de 2004, assinada entre Portugal e a Santa Sé, indica que os dias “festivos católicos”, além dos domingos, “são definidos por acordo nos termos do artigo 28”.
Este, por seu lado, prevê que o conteúdo do acordo diplomático “pode ser desenvolvido por acordos celebrados entre as autoridades competentes da Igreja Católica e da República Portuguesa”.
O artigo 30 estabelece que se reconhecem como dias festivos católicos o Ano Novo e Nossa Senhora, Mãe de Deus (1 de janeiro), Corpo de Deus (60 dias depois da Páscoa), Assunção (15 de agosto), Todos os Santos (1 de novembro), Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Natal (25 de dezembro).
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